Acordo novamente com aquela ideia, como se fosse o único combustível para viver. Mais um dia comum, nada de novo. A monotonia tem tirado o restinho de energia que ainda vive em mim. “Precisamos fazer algo”, penso, junto com os habitantes da minha mente.
Escrevo enquanto escuto “No Soy”. Não foi combinado, estava no aleatório. É tão bom quando essas coincidências acontecem, há uma sincronicidade.
Vou colocar a música aqui e um trecho traduzido.
Te prometo que yo lo voy a enfrentar
Que se preparen, que hoy vuelvo a empezar (hoy yo vuelvo a empezar)
No soy la que se olvida de su pasado
Puedo rescribirlo
Te prometo que vou enfrentar isso
Que se preparem, pois hoje eu recomeço (hoje eu recomeço)
Não sou aquela que esquece o seu passado
Posso reescrevê-lo
Enquanto escutava, pensei…
“Vou confiar mais na minha verdade”
É uma frase bonita, não é mesmo? A música sempre foi uma das minhas terapias, me ajuda para ficar presente e perceber o que sinto enquanto escuto cada frase e o que elas representam para mim.
Você está pensando em desistir de algo? Se esse for o caso, quero ajudar você a tomar uma decisão que una a mente e o coração. Independentemente do que esteja pensando em desistir, todas as escolhas têm consequências. É pensando nessas consequências que podemos encontrar as respostas para esse sentimento tão angustiante.

Descobri que existe uma linha tênue que separa a determinação da teimosia.
Às vezes, é melhor desistir, mas precisamos nos perguntar: esse é o melhor caminho?
“Desista!” – se seguirmos esse conselho, podemos sentir a perda, o abandono e um vazio. Porém, desistir também pode nos ajudar a liberar espaço em nossa mente e gastar menos energia.
Desistir tem seus benefícios, mas o “e se” muitas vezes aparece, como um mosquito que fica zumbindo nos nossos ouvidos. Isso pode ser muito perturbador.
Então, o que fazer?
Vamos pensar e escrever um pouco!
Deixe um espaço aqui para você escrever, e se quiser, pegue um caderno para escrever à mão.
Como eu disse antes, desistir também pode ser um caminho. Quando você lê essa frase, o que sente? Abra o seu coração e escreva tudo o que vier à sua mente.
*Não saber também é uma resposta. Isso pode significar que o que está em jogo é algo mais profundo, que talvez não esteja claro no momento.
Vamos para a próxima?
Faça duas colunas: em uma, escreva “o que ganho se eu desistir”; na outra, escreva “o que perco se eu desistir”. Aqui, você vai pensar nos prós e contras de desistir. Liste tudo o que puder, isso já ajudará você a caminhar em direção à resposta..
Poderia vir aqui e dizer “Desistir é fracassar bla bla bla”, mas acredito que caminhos opostos também são bem-vindos para tomar decisões difíceis.
Já pensou que você não precisa desistir, mas sim adiar?
Adiar não é desistir, e pode ser o espaço necessário para pensar e ver o quão importante algo é para você. Programe um período para se afastar e ver as coisas de forma mais clara. Se a questão envolve outra pessoa, converse e compartilhe seus sentimentos e motivações (lembre-se que é importante ouvir a outra pessoa).
Desistir dói muito? Você sente que perde o sentido da vida?
Isso pode ser prejudicial e requer uma análise mais profunda. Se você tem uma dependência muito grande em relação ao que está considerando desistir, há algo que precisa ser cuidado e analisado mais profundamente. Talvez seja necessário buscar ajuda profissional.
Aqui vão algumas perguntas úteis para ajudar na reflexão:
- Está fazendo isso por alguém?
- Está querendo provar algo?
- Quem está contra você? O que essas pessoas representam para você?
- Para onde isso vai levá-lo? Você tem um objetivo claro?
- Isso está alinhado com seus valores e crenças pessoais?
- Você está tomando essa decisão por medo ou por desejo genuíno?
- Quais são as possíveis consequências de tomar essa decisão e como você pode lidar com elas?
Crie outras perguntas e responda-as. Se canse um pouco… Deixe de lado um ou dois dias. Leia novamente.
A ideia é clarear seus pensamentos, entender suas expectativas e tomar uma decisão. Fazer escolhas é difícil, mas se não fizermos, iremos “prender” nossos sentimentos, e o acúmulo irá gerar um peso cada vez maior. Até quando/quanto você aguenta? É claro que não é para tomar uma decisão de uma hora para outra. Faça no seu tempo e com calma.
Apesar de tentarmos diminuir nosso sofrimento diante de nossas decisões, não podemos evitar sentir. Caso doa, perceba e aceite o que incomoda. Há uma grande oportunidade para conhecer mais sobre si mesmo, entender seus limites e, principalmente, suas fraquezas.
Espero que tenha clareado mais sua mente!
Se você decidiu desistir, lembre-se de que existem infinitas opções, oportunidades, experiências, pessoas, etc. no mundo. Abra os olhos e crie novas visões… Aproveite, a terra é abundante.
E se no final, você decidiu que precisa continuar, é maravilhoso saber o que se quer, não é? Talvez o seu caminho seja mais fácil do que parece. Não subestime, viu? A vida pode te surpreender quando se toma uma decisão.
Te ajudou? Acha que pode acrescentar algo aqui? Use os comentários. Vamos conversar sobre!
Obs: A proposta desse post se baseia no Questionamento Socrático uma ferramenta terapêutica muito eficaz, especialmente em abordagens terapêuticas baseadas em terapias cognitivo-comportamentais (TCC) e terapias existenciais-humanistas.
Atenção: É importante lembrar que essa ferramenta não é adequado para todos os indivíduos ou situações. É sempre importante buscar a ajuda de um profissional de saúde mental qualificado para obter uma avaliação completa e recomendações adequadas.